| Editorial | Edição nº 3
Por baixo da toga do senhor juiz
O Poder
Judiciário precisa, no fim das contas, ser disputado pela sociedade. É preciso
compreender que os esforços no sentido de dar-lhe mais transparência e
celeridade são louváveis, mas insuficientes. A maior parte dos juízes,
desembargadores e ministros de Tribunais Superiores do país sintetiza um rosto
elitista, conservador e de dificultoso acesso, valendo-se da retórica da sacra
“imparcialidade” para legitimar interesses fortemente ideológicos (entre eles,
o de que a administração da justiça deve se limitar a um grupo de intelectuais
sectaristas, o que me parece, no fim das contas, uma questão de classe).
Comentários