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Mostrando postagens de agosto, 2011

Do sangue da Margarida nasceram as flores de luta

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"E eu só deixo de dizer quando eu morrer" Margarida Maria Alves, assassinada em 12 de agosto de 1983 Do luto à luta. O tiro de espingarda foi mais poderoso do que a espada da deusa com os olhos vendados, que diz usar a força em prol do justo. A violência da autoridade privada venceu o grito sufocado de uma camponesa que lutava por direitos (dos outros). Atiraram em Margarida, mas o sangue derramado não matou a luta; fertilizou a consciência, fez pesar a indignação, mostrou, de forma escancarada, uma realidade degradante que precisa ser combatida, um sonho que precisa ser sonhado junto para virar realidade. E a Margarida espalhou suas sementes. Morreu flor e fez nascer um jardim. Morreu na luta mas não morreu de fome. E nos fez passar fome - de Justiça. Margarida Maria Alves, assassinada em 12 de agosto de 1983, na cidade de Alagoa Grande/PB, é um dos maiores símbolos da luta pelo direito humano à terra. Ao mesmo tempo, sua história desnuda, sem pudor, as relações vis

| Entrevista | Professor Venício Lima

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“ A mídia brasileira trabalha com a presunção de culpa ” V enício Lima é sociólogo, jornalista e professor titular (aposentado) de Ciência Política e Comunicação da UnB. Com mestrado, doutorado e pós-doutorado em Communications , Venício é uma das principais referências teóricas nos debates sobre direito à comunicação no Brasil, tendo escrito diversos livros sobre o tema, além de ser colaborador permanente dos portais Carta Maior e Observatório da Imprensa. Ferrenho defensor de um marco regulatório para a mídia nacional e de políticas públicas que garantam a efetiva pluralidade no sistema de comunicação, o professor concedeu uma entrevista, via telefone, ao Jornal A Margem , para tratar destes e outros assuntos. Continue lendo

| Especial |

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Entre a cruz e a espingarda A responsabilidade pelos assassinatos no meio rural não é apenas de quem aperta o gatilho Os recentes assassinatos de líderes camponeses na região amazônica são apenas uma peça do complexo quebra-cabeças da violência no campo: os gestos de brutalidade ajudam a traçar o perfil histórico da defesa de modelos completamente distintos de desenvolvimento econômico, social e ambiental. Continue lendo

| Entre Themis e Apolo - Direito & Arte |

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É o povo na arte, é arte no povo/ E não o povo na arte, de quem faz arte com o povo Quando lemos na mais respeitada revista brasileira que criminosos invadiram a propriedade de uma família rica, tradicional e – acima de tudo – trabalhadora, a qual produz o bastante para contribuir com o desenvolvimento econômico brasileiro, já esperamos um clímax com direito a tumulto, polícia, prisão e assassinatos. O final feliz seria a família com sua paz restabelecida, certo? É essa narrativa que costumamos encontrar. Nela, odiamos aqueles que violam o direito à propriedade privada! Arruaceiros, baderneiros e vagabundos! Continue lendo

| Direitos Humanos |

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A liberdade religiosa nos Países Árabes: Universalismo x Relativismo Cultural Em todas [as suas] etapas, quer seja no âmbito do direito natural, quer seja no âmbito do direito positivo, o tema dos Direitos Humanos sempre esteve intimamente ligado à religião (ou à sua ausência) e, como não podia deixar de ser, sempre foi tremendamente influenciado por ela (ou impulsionado pela sua limitação). Continue lendo  

| Direitos Humanos |

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ABIN versus DIREITOS HUMANOS: JUSTIÇA E MEMÓRIA NÃO SÃO NEGOCIÁVEIS O governo e a sociedade brasileira devem compreender que, passados mais de quatro séculos de tentativas de um extermínio cognitivo coletivo e de abafamento de narrativas submersas, assim como duas décadas da ditadura militar, a luta por direitos, a efetivação da justiça social e a memória não são negociáveis enquanto mercadorias em um capital especulativo, mas fazem de conquistas contra todas as formas de opressão. Continue lendo

| Opinião |

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Do feminismo de igualdade de direitos à luta feminina por um projeto de sociedade livre Tem-se no capitalismo a ressignificação da violência social contra as mulheres, identificada pelo padrão de beleza posto, pela divisão sexual do trabalho (que estabelece cruelmente atividades e territórios peculiares à “natureza feminina”), pelo senso comum amplamente corroborado de mitificação do comportamento feminino na sociedade de consumo e de moral machista, chegando a culminar na violência sexual e no alarmante número de vidas femininas ceifadas. Continue lendo

| Opinião |

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Perto demais da Noruega: o terrorismo “branco” e a ideologia Há quem entenda que ideologia é um conceito ultrapassado, que caiu junto com o muro de Berlim e tudo mais que estava ligado ao universo marxista. Mas o resgate dessa noção é algo que faria bem para entendermos melhor os conflitos de nosso tempo. Continue lendo

| Cinefilia! |

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O oitavo dia Harry (Daniel Auteuil) é um típico executivo desse nefasto mundo moderno. Vive em uma desgastante rotina de trabalho. Seu cotidiano é vazio, repetitivo e  desprovido de maiores propósitos. A cegueira para os bons momentos que a vida poderia lhe proporcionar revela-se como uma de suas principais características. Tudo ia nesse norte até conhecer Georges (Pascal Duquenne), abandonado por sua família após a morte de sua mãe ( la plus belle du Monde ) . Continue lendo

Edição nº 2 | Agosto/Setembro de 2011

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